sábado, 14 de agosto de 2010

Triste tentação


Era mais um dia

daqueles, o fogo que se arde a meu alento proíbe de libertar-me de tanto sofrimento

causado por tanto amor. A escrita que se segue por meu corpo lembra o quão necessito

de tua paz. Não é a paz que vive em torno de nossa vida, é a fúria de teus olhos e o calor de suas mãos.


Enfim, foi a ausência de paz que me levou a tal decisão.

Deparo-me sobre nossa cama depois de tanto chorar, de tanto pensar no que seria melhor a nós dois, não caberia mais a mim viver de tanto sofrimento. Amor desigual, incomparável aos de TV, longe de finais felizes. Pergunto-me incansavelmente onde está ele para que ponhamos logo um ponto final em tudo e sofrêssemos de vez, tudo que tinha a sofrer e não aos poucos, dias após dias, noites e mais noites. Assim cicatriza e um dia só marca de lembranças restariam.

Foi o barulho da fechadura que moveu minha fúria sobre ele.Como um animal, mais selvagem que já existira, avancei, coloque toda minha força querendo machucá-lo, marcá-lo, como me machuca e marca,onde sofro. "Cansei de você, cansei do jeito que age diante de nós, cansei de suas besteiras, cansei de dormir com você sem saber se acordaremos vivos, graças a VOCÊ ! você me machuca me maltrata, eu te odeio" . A ele só restava pedir-me calma e usar tua força para abafar a minha, nervoso queria me machucar, mas teu amor não permitia, prensou-me sobre a parede de modo que me imobilizasse e me beijou com tamanha intensidade que não houve como não deixar cair em tentação, lançando-me sobre nossa cama onde tentei reagir, mas teu calor sempre foi o mais forte, sempre meu ponto mais fraco.

E onde me encontro agora? Deitada onde teus braços se agarram ao meu corpo descoberto, com tua voz soprando sobre meus ouvidos “eu te amo". Meus olhares aos deles retribuíram o amor oferecido sem ter como disfarçar.

Eu o amava, um amor onde não se consegue respirar, algo que sempre me torturou e não mais poderia ficar.

Sempre foi sim, dizíamos coisas, fazíamos coisas e voltávamos sempre aos mesmos padrões. Não mais.

Com os maiores dos cuidados pude me vestir, e aos poucos me aderir a ideia de andar com as próprias pernas, naquele lugar onde muitas coisas aconteceram só ficara aquela ultima noite,o meu único bilhete " Se eu ficar acabarei comigo mesmo".

Hoje vivo ao meu próprio consumo, somente com cicatrizes do que passara, longe, muito longe do que poderia me servir de tentação. Um dia após o outro.

Um comentário:

  1. como sempre seu texto tá foda amor ! *-*
    eu postei "Dalila" no meu blog , mas eu mudei um monte de coisas , da uma olhadinha lá depois ! (y)

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